JFRS | Notícia

Justiça condena três por matar patrulheiro

23/10/2003 - 23h00
Atualizada em 23/10/2003 - 23h00
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Assine o RSS do TRF4

Dois homens e uma mulher receberam penas entre 15 e 26 anos de reclusão Presidido pela juíza federal Substituta Paula Beck Bohn, o Tribunal do Júri da Justiça Federal de Passo Fundo condenou os três acusados de matar o policial rodoviário federal Zilmar José Mattes, 31 anos. A sessão durou 51 horas e foi realizada no Centro de Eventos da UPF nos dias 20 e 21 de outubro. Embora negassem a autoria, os três foram considerados culpados pelo homicídio qualificado de Mattes, tentativa de homicídio contra outros dois patrulheiros, roubo e porte ilegal de arma. O patrulheiro foi alvejado com dois tiros em 19 de setembro, após uma abordagem a um automóvel Golf em um posto de combustíveis em Tio Hugo, na rodovia Lajeado-Carazinho (BR-386). O júri entendeu que o trio reagiu após quatro policiais terem pedido para revistar a bolsa de Patrícia. A defesa alegou que Patrícia não portava bolsa. Nenhuma bolsa foi apreendida. Conforme o promotor Alexandre Schneider, responsável pela acusação, ficou provado que Schütz segurou o policial Alcir Ferreira Lopes pelo pescoço, enquanto Souza o desarmou. A arma de Lopes, uma pistola ponto 40, foi usada para atirar nas costas de Mattes. A vítima foi atingida também na cabeça por outra arma. Após a troca de tiros, Schütz roubou uma caminhonete estacionada no posto e fugiu. Souza, ferido, e Patrícia tentaram escapar no Golf, mas pararam a poucos metros do posto. Patrícia Silveira, 23 anos, recebeu pena de 15 anos de prisão, mas ganhou o direito de recorrer em liberdade depois de ficar cinco meses detida. O namorado dela, Roberto Filipiack de Souza, 26 anos, foi condenado a 16 anos e quatro meses de reclusão, e Adilson Schütz, 27 anos, a 26 anos e sete meses em regime fechado. O promotor afirmou que analisará a necessidade de recurso para aumentar as penas. Os três réus recorrerão ao Tribunal Regional Federal.(24/10) (Fonte: ZH e DM/PF)