JFRS |

Mudança nos hábitos de consumo e regeneração da natureza no cenário pós-pandemia são abordados em live

05/06/2020 - 18h46
Atualizada em 05/06/2020 - 18h46
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Assine o RSS do TRF4

O período de enclausuramento provocado pela pandemia do covid-19 provocou melhoras ambientais consideráveis e propicia reflexões sobre a necessidade de mudar os hábitos de consumo em prol do futuro da biodiversidade do planeta Terra. Esta foi a temática trabalhada na live "Regenerar é possível - cenários do novo normal em sustentabilidade" pela palestrante Fabíola Pecce, da empresa Pasárgada - Oficina de Sustentabildade". A atividade promovida pela Justiça Federal do RS faz alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado hoje (5/6).

Pecce pontuou como a noção de tempo foi alterada quando vivenciada dentro de uma perspectiva de enclausuramento. A epidemia espalhou-se mundialmente de forma muito rápida, levando governantes a adotarem medidas restritivas e pessoas sendo obrigadas a ficar em casa. Ao mesmo tempo, com a diminuição do fluxo diário imposto pela atual organização das sociedades, notou-se de forma significativa a capacidade de regeneração da natureza, com águas mais límpidas e ar mais puro, por exemplo.

Segundo a palestrante, desrespeitamos essa possibilidade de recuperação do meio ambiente com o ritmo alucinante de consumo provocando uma banalização do uso dos recursos naturais. A pandemia produziu uma pausa forçada neste ritmo. Ela falou que a China divulgou que deixou de emitir 150 milhões de toneladas métricas de CO² nas últimas semanas.

Para Pecce, este momento deve servir para reavaliarmos o que realmente é essencial, já que há um senso de urgências nas mudanças. Ela destacou que a Organização das Nações Unidas já divulgou que haverá, daqui a 20 anos, mais peso em plástico nos oceanos do que peixes. O que será feito neste tempo é que vai definir o futuro da biodiversidade do planeta. Ela defende a necessidade de realizar um consumo mais pensado focado na essencialidade. "Não é não comprar, é comprar pouco, mas bem".