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Tribunal do Júri: dez indígenas serão julgados pelo crime de homicídio qualificado

21/02/2022 - 15h05
Atualizada em 18/08/2022 - 13h57
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A 3ª Vara Federal de Passo Fundo inicia, amanhã (22/2), sessão do Tribunal do Júri que julgará a acusação de que dez indígenas mataram um homem e tentaram matar outros dois. Nove dos réus ainda respondem por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Os trabalhos serão presididos pela juíza Priscilla Pinto de Azevedo e começarão às 8h, no auditório da Imed.

Autor da ação, o Ministério Público Federal (MPF) narrou que os crimes ocorreram no interior da Terra Indígena de Vontouro, localizada no município de Benjamin Constant do Sul, no dia 8/3/18. Denunciou que, a mando do vice-cacique, os outros nove réus, integrantes da "polícia indígena" e portando espingardas, foram até a casa do meio-irmão do vice-cacique, com quem aquele tinha inimizade, e atiraram várias vezes nas pessoas que se encontravam no local. Os disparos atingiram um indígena, que também tinha desavenças com o vice-cacique, e os dois filhos do meio-irmão, sendo que um deles veio a falecer.

Em suas defesas, os dez homens afirmaram que reagiram as injustas agressões sofridas por parte dos indígenas que estavam no local dos fatos. Pontuaram que o objetivo, desde o início, era apenas de cumprir a ordem de prisão direcionada a dois indígenas.

Na sentença de pronúncia, o juízo entendeu haver indícios de materialidade e autoria em relação a cada um dos fatos denunciados e os respectivos acusados. Dessa forma, os réus devem ser julgados pelo Tribunal do Júri, que é formado por sete jurados.